segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Copacabana - VIII


Se fosse resumir "Copacabana", diria que é uma versão de “Simplesmente Feliz”, com pitadas de comédia e melancolia e uma protagonista que transforma qualquer trama insossa em um filme interessante. E para resumir mais ainda diria, “Copacabana” trata-se de um filme de Isabelle Huppert.
Isabelle é uma atriz francesa premiada (entre seus prêmios, inclui-se um em Cannes de melhor atriz por “Professora de Piano”) com uma carreira extensa no cinema e teatro e uma versatilidade para interpretar qualquer papel.

Assisti uma interpretação da atriz na peça “Quartett” em São Paulo e fiquei impressionado por sua atuação minimalista em uma montagem surreal de Bob Wilson. Em “Copacabana” a atriz confirma sua versatilidade ao interpretar uma mãe extremamente liberal e hippie que tem dificuldades em se relacionar com a filha que é seu oposto.

Se o filme tivesse uma protagonista fraca não teria a menor graça, pois é Isabelle que conduz a trama e dá toda a graça ao personagem sem cair no pastelão. Sua graça esta basicamente em levar a personagem desmiolada a sério, conduzindo-a com humor, delicadeza e em alguns momentos, com melancolia. É um prazer vê-la atuando, mas se não fosse por ela, o filme seria banal e sem graça.