quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Minhas mães e meu pai - VI

Como sempre um questionamento clichê, porque as traduções para os títulos dos filmes precisam ser tão literais? O filme em questão tem o titulo “The kids are all right”, mas a tradução quis ser “camarada” com o espectador e já entregou a trama no titulo, agora pra que né?
Enfim, implicâncias a parte, era o filme que eu mais esperava, principalmente para ver a dupla Julianne Moore e Mark Rufallo juntos (os dois já contracenaram em “Ensaio sobre a cegueira”) e novamente em perfeita sintonia.
Nem preciso explicar a trama (já que o titulo traduzido o faz tão bem), por isso prefiro falar dos atores. Julianne Moore como sempre passa a instabilidade que o personagem necessita de forma brilhante (e Jesus! quanta sarda essa mulher tem!), Mark Rufallo também está exato no papel de um quarentão em crise.
Os irmãos Mia Wasikowska (a Alice do filme do Tim Burton) e Josh Hutcherson poderiam soar chatos e enfadonhos (afinal tem coisa mais chata do que filhos em crise nos filmes?), mas os dois sabem dosar com perfeição a crise gerada na família (que pode inicialmente parecer alternativa, mas é comum como qualquer uma).
Mas quem chama mais atenção no filme é sem sombra de dúvida Annette Bening. Sua interpretação como lésbica é de uma perfeição absurda, que não cai no estereótipo na atuação (mesmo seu visual quase favorecendo para que isso ocorra). Ela é a chefe da casa que vê a família ameaçada e tenta novamente tomar a rédeas. Sua atuação emociona. E pra quem é de Oscar, esse acho que é a hora dela. OSCAR NELA!rs