terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

127 horas

Danny Boyle, James Franco e Aron Ralston

“127 horas” a principio poderia ser facilmente comparado a “Natureza Selvagem” e “Naufrago” (dois filmes que adoro) onde os protagonistas carregam todo o filme praticamente sozinhos, o que necessita de muito carisma nas atuações e de uma boa direção para o filme não ficar entendiante.
“127 horas” não carece de um ator carismático, James Franco que faz a história real de Aron Ralston é sem dúvida um dos melhores dessa geração, mas o mesmo não se aplica a trama e ao diretor. Diferente dos filmes citados, “127 horas” parece não apostar no protagonista e por isso sempre pesa nas cenas curtas, nas edições dinâmicas e na trilha alucinante (que é sem dúvida muito bem escolhida, mas mal utilizada).
E pra que mostrar o protagonista em cenas apelativas arrancando o braço com os nervos e ossos expostos? Talvez a resposta fosse para atrair público, já que foram noticiadas que pessoas desmaiaram e passaram mal durante a exibição, mas realmente precisava disso? O filme com sua narrativa e trilha alucinante é parte do histórico do diretor, mas será que ele não poderia ter desacelerado um pouco e feito algo diferente? Assim como não entendi em "Quero ser um milionário?" continuo sem entender porque insistem em transformar Danny Boyle em um diretor memorável, premiando-o e dando tanta atenção para seus filmes.