quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Fernanda Young


Será que a Fernanda Young vai mesmo sair na Playboy?

Hoje a notícia rolou em vários sites, blogs e jornais. Já li de tudo. Que o ensaio vai ser feito na praça da república, que o fotógrafo será Bob Wolfenson (que fez os dois ensaios mais lindos que eu já vi. Um era da Mylla Christie em Paris e o outro de Maitê Proença em uma tradicional cidade no sul Itália) e a revista sairia em outubro, já outras notícias diziam que o ensaio não havia sido fechado e ela ainda estaria em negociação para sair em dezembro.
Estou torcendo pra que seja verdade. Sem dúvida nenhuma Fernanda Young vai ser a coelhinha mais interessante da história da revista no Brasil. Lembrando que ela já participou da revista, dando entrevista e escrevendo para o ensaio da Marina Lima. Agora bem que os papéis poderiam se inverter e Marina escrever algo pra ela, seria maravilhoso. Acabei encontrando o que ela escreveu:

O encantado de Marina

Ela não lembra exatamente quando escolheu usar perfumes doces. Lembra, sim, que a decisão do aroma certo é tão derradeira quanto a medida de um verso nas notas de uma canção. Nada de cítricos. Queria o simples cheiro das flores. Das baunilhas. Das maçãs. Principalmente das flores. Gentil. Compartilhando comigo suas descobertas no incrível mundo dos cosméticos; e mais uns tantos segredos. Engraçada. Aconselhada por outra amiga, é dada a fazer misturas, espalhando um pouco de dois frascos por pontos de seu corpo. Fazendo-se, de si, duas. Oferecendo a opção, que seria dela, para você. Intimidades são relativas, e Marina sabe disso. Reservada e entregue: essa é a fórmula que ela consegue destilar em suas veias. Despertando coisas em homens, mulheres e demais animais de estimação. Deixando seu corpo largado como uma pauta de música, espalhando seus tons numa lógica de métrica suave; notas vivas a criar harmonia. Pop enquanto símbolo, sexual enquanto disposta. Saliente como um bico de seio. Marina seduz de fãs a radiovitrolas, e você sabe do que eu estou falando.

Mas não vou cantar suas linhas em verso ou prosa, seria redundante. E só um texto preciso caberia sobre o corpo de Marina. Poderia, imagino, perder-me em sutilezas, formas, traços, sombras, reentrâncias, ressaltando mínimos detalhes que quase passariam despercebidos; como uma maneira específica em que ela repousa a boca, ou talvez algum contorno de pele arrepiada, quem sabe comparar suas curvas com o Corcovado... Acidentes acontecem, e Marina é linda. Linda. Não sei quando as palavras se tornaram necessárias, mas acredito que foi num momento em que as imagens falharam em dizer tudo. Sei que não é o caso, agora. Assim, deixo meus olhos livres, como os seus, a buscar revelações que ainda não perceberam. Escritores não devem ficar na frente de uma nudez como essa, disfarçando sua verdade.

Fernanda Young